UM ROMANCE PARA DEIXA-LÓS MAIS APAIXONADOS POR LEITURA...



LIFE
Nos não comandamos a vida, mais ao contrário é ela quem nos comanda seja com perda ou ganho, confiança ou decepção, morte ou vida.
Ela toma conta de nos...

1º dia
A morte é tranquila. Fácil, a vida é mais difícil...
Estar apaixonada por alguém aos seus 19 anos pra muitos é uma bobagem, pra mim encantador.
- Parecia um dia como outro qualquer, a única diferença é que estava de férias e por incrível que pareça teria de fazer uma maquete de arquitetura, então antes de ir às compras do que iria usar na maquete e por ser o primeiro dia de ferias, optei a ir a uma locadora próxima a minha casa pra não ficar sem fazer nada. Ao sair de casa me encontro com Willian um amigo que conheci há pouco tempo, nos cumprimentamos e saímos cada um para o seu lado, chegando próximo à locadora paro em frente à porta, não sei bem ao certo o que me levou a fazer isso mais fiz e ao me virar para entrar na locadora, me esbarro com Thiago.
-oi
-oi! Como você esta?
Em minha cabeça vinha varias repostas, como por exemplo, dizer a verdade de meus sentimentos por ele, mas por mais que eu quisesse nunca conseguia dizer o que realmente sentia, era mais forte, como se alguma coisa estivesse me impedindo de dizer.
 -Estou bem obrigada e você?
-bem... Agente se ver por ai, foi bom encontra você.

-esta bem. Thiago era um jovem de 22 anos na qual me apaixonei e nunca tive coragem de dizer o que sinto, apesar de que toda vez que nos encontrávamos por coincidência nunca saímos do ‘oi’ ou ‘como você esta?’ Andando pelos corredores da locadora não via nenhum filme que me chamava à atenção ate que o atendente me ofereceu um, cujo titulo era “o jogo da vida” um filme baseado em fatos reais, no qual fala de uma Menina que se abre para o amor enquanto enfrenta uma batalha contra leucemia, como não tinha achado nenhum outro filme resolvi leva-lo, ao estar em casa sozinha pus para assisti-lo me emocionando com a batalha dela de sobreviver contra o câncer, ao acabar o filme resolvi pesquisar sobre “leucemia” apenas por curiosidade, ate que minha irmã que é medica chega em casa e ao me ver no computador ela pergunta o que eu estava pesquisando.                                                                                                    

-estou pesquisando sobre leucemia.

-e o que você achou?

-por incrível que pareça nada especifico. Por acaso aqui tem algum hospital de câncer?

-sim, tem o HC no qual só cuida desses casos, mais entra no site oncologia pediátrica deve ter alguma coisa. Há avisa a mamãe que vou ficar no hospital de plantão durante três dias.

- pode deixar.

O filme me deixou um pouco curiosa pela doença, tanto que não aguentei ficar em casa só pesquisando eu queria ver, então fui ate o HC, chegando dirigi-me a recepção procurando saber mais sobre a leucemia, uma enfermeira na qual se aproximava se pós a me dizer tudo o que queria saber me levando ate uma sala de crianças na qual tinha leucemia aguda e ainda estava fazendo o tratamento.

-crianças vim apresentar uma pessoa a vocês, esta é Emily, ela veio visitar vocês.

Ao entrar na sala e me deparar com aquelas crianças me senti dentro do filme, não sabia o que fazer ate que me ajoelhei para receber o abraço deles e a cada abraço a lagrima descia sobre meu rosto ate que uma menina de 5 anos que se chamava Myllena se aproximou e antes de me abraçar ela perguntou o  por que  de estar chorando.

Suspiro.

 -estou chorando de alegria por conhecer todos vocês.

E ao ouvir o que disse ela me abraçou dizendo que também estava feliz por me conhecer, e ao brincar com todas aquelas crianças perdi totalmente a noção do tempo ate que a enfermeira que me acompanhou disse que eu precisava ir. Ao me despedir, Myllena perguntou quando eu voltaria e a respondi dizendo que viria no dia seguinte, e ela me abraçou novamente. Ao sair da sala perguntei a enfermeira há quanto tempo ela estava internada.

-Myllena esta aqui desde os 3 anos de idade nos pensávamos que ela não iria sobreviver por o caso dela ser o mais complicado dentre os outros, a leucemia dela é considerada de alto risco mais ela é muito forte, não quero dizer que ela não precise mais do transplante de medula,quero dizer que o quadro de risco de sobrevivência dela quando chegou era muito baixo e ela resistiu e hoje o quadro dela sobreviver é muito alto, mais ainda sim ela tem que receber o transplante.Você gostou muito dela .

-sim ela me encantou com o jeitinho dela...

-ela também gostou de você, pois de todos que já apresentei a ela você foi a primeira que ela deu um abraço e perguntou quando voltaria. Você é sortuda por isso, por ela ter gostado de você. Bom tenho que ir, foi um prazer lhe acompanhar.

-obrigada.                                                                                                        

Foi à única coisa que consegui dizer, Myllena me encantou e por mais que não gostasse de hospitais eu queria estar ao seu lado sempre.

 

2º dia
Ao me levantar da cama não sabia ao certo o que me aconteceu, mais de uma coisa estava consciente teria de voltar ao hospital pra visitar Myllena.
-bom dia mãe, a Fernanda mandou avisar que vai ficar de plantão durante 3 dias. Onde esta o papai?
- seu pai precisou viajar a trabalho, vai ter que ficar fora durante 2 meses.suspiro. Vou precisar sair hoje, talvez fique fora o dia inteiro, você vai ficar bem?
-sim eu me viro não se preocupe.
Minha mãe não ligava se nos saíssemos durante o dia contanto que chegássemos antes das 22:00hs. Ao tomar café da manha, fui pensando o que iria fazer, ate que decidi passar a uma loja de brinquedos antes de ir ao HC. Chegando ao hospital me encontrei com a enfermeira que me acompanhou no dia anterior.
-bom dia, você voltou.
-é eu teria de voltar.
-então vamos, acompanho você novamente.
-obrigada.
Ao entra na sala fui novamente recepcionada com abraços e em especial o da Myllena, tão forte que foi como um agradecimento por ter voltado.
-Oi meu amor, trouxe um presente pra você.
Ao ir à loja de brinquedos me deparei com uma caixinha de musica na qual comprei pra Myllena, e vários outros brinquedos para as outras crianças, ao entregar a caixinha de musica em suas mãos meu telefone toca na bolsa, era Ana minha amiga da faculdade.
-Alo.

-Oi estou ligando pra convidar você pra irmos comprar os matériais da maquete amanha à tarde. Você vai?
-sim, obrigada.
Ao conversar com a enfermeira perguntei sobre os pais de Myllena se eles não vinham visitar ela.
-é muito complicado, quando os pais dela descobriu que ela estava com a doença, eles vieram ate aqui e a deixaram, às vezes a vô e a tia dela vem mais elas moram longe e não podem esta aqui todos os dias, mais ligam sempre que podem.
Ao ouvir o que a enfermeira me disse não sabia o que dizer eu conhecia Myllena há pouco tempo mais já amava e saber que os pais dela a abandonaram por descobrir que ela estava com leucemia me fez querer aproximar mais dela a cada dia.
3º dia
Mais um dia se passava, estava exausta mais não sabia o porquê de tanto cansaço. Hoje não pude ir visitar Myllena, mais a liguei para que ela não ficasse me esperando.
Ana me esperava no shopping com Marcela, Matheus e Carlos.
-Boa tarde, estava com saudades já.
-nos também, e então já fez muita coisa nesses três dias parece exausta, perguntou Marcela.
- vocês não vão acreditar, conheci uma criança de 5 anos, mais ela não é qualquer criança ela é especial. Tudo começou no primeiro dia, resolvi ir a uma locadora próxima a minha casa, parecia que tudo estava planejado, não conseguia achar nenhum filme nos corredores da locadora...
Enquanto contava o que aconteceu comigo, dirigíamos as compras para a maquete. O dia se passava cada vez mais rápido já tínhamos comprado tudo que precisávamos. Ate que propus de fazer a maquete em minha casa.
- por mim tudo bem. Respondeu Marcela.
-amanha não da só se for depois, respondeu Ana, Matheus e Carlos.          
-por mim tudo bem. Respondi.
4º dia.
Já se passava das 11:30hs da manha, continuava exausta mais precisava me levantar foi quando resolvi tomar um banho pra ver se o cansaço sumia, por incrível que pareça não sumiu resolvi então ir a cozinha onde minha mãe estava, não pretendia tomar café mais sim almoçar.
-Você vai sair hoje à tarde?- perguntou minha mãe.
-sim, vou dar uma volta. - minha mãe não entenderia se dissesse a ela que iria ao hospital.
-preciso de um favor seu, quero que vá pagar essas contas.
-tudo bem. – foi o que conseguir responder, Fernanda voltaria hoje dos 3 dias exaustivos de plantão, apesar dela gostar, precisaria descansar, mais não via  a hora dela chegar tinha varias perguntas pra fazer, na qual nem pensando saberia por onde começar.
O dia se passava cada vez mais rápido, ao pagar as contas fui em direção ao hospital, parece que fazia dias que não via Myllena, eu precisava de seu abraço. Sempre bem recepcionada por ela eu precisava deixar claro algumas coisas.
- preciso que você escute, às vezes não vou poder vim visitar você, mais sempre que puder venho correndo para vela, mais quando você sentir saudades de mim pegue sempre a caixinha de musica que lhe dei vai fazer com que eu esteja ao seu lado.
- esta bem.
Não queria dizer aquilo mais era preciso, pois quando ela recebesse o transplante, a verdadeira família dela viria busca-la e não saberíamos quando íamos nos ver novamente.
Mais um dia se passava, eu precisava voltar pra casa. Ao sair do hospital me encontro com Thiago, quero dizer ele me encontrou.
-oi!
-oi!                                                                                                              
-passeado?
-é eu vim... -interrompida
-posso acompanha-la?
Aquela pergunta me deixou um pouco surpresa, pois não esperava, tanto que fiquei sem saber o que dizer.
-e então posso ou não posso?
-claro!- seguimos em silencio, parecia ainda que estava só.
-e então o que faz da vida? – perguntamos um ao outro de uma só vez tentando conversar
- eu estou de ferias da faculdade. – foi o que consegui dizer.
-bom eu estou trabalhando não é bem o que queria mais é melhor do que nada. –respondeu ele.
Thiago era um jovem muito educado não foi à toa que me apaixonei, enquanto seguíamos em direção a minha casa ele contava o que fazia quando não trabalhava, ele era um pouco reservado gostava muito de ler e ouvir musica, nunca foi muito de sair a noite a não ser quando fosse necessário.
-chegamos, obrigada por me acompanhar. Respondi
-não precisa agradecer, é bom estar ao seu lado, mais o que você vai fazer amanha à tarde, agente poderia sair o que você acha?- perguntou ele.
-amanha não da vou me encontrar com alguns amigos pra fazermos um trabalho pra faculdade. –respondi, não queria dizer aquilo mais também não queria se passar por uma garota que se atira no cara respondendo sim no primeiro convite que ele faz, mais apesar de tudo era verdade o que dizia em relação ao trabalho. –Boa noite. –desejei enquanto me virava para entrar em casa.
Mamãe se encontrava no sofá assistindo TV, era um bom passa tempo pra ela.
-oi mãe a Fernanda já chegou?                                                                    
-já ela esta dormindo, você deveria fazer o mesmo parece cansada.
-respondeu a mamãe olhando pra mim.
-é vou tomar um banho e dormir um pouco, há chamei alguns amigos para fazer o trabalho da faculdade comigo amanha se importa?-perguntei
-não eu e sua irmã vamos sair pela manha e só devemos chegar à noite, íamos chamar você mais vai fazer trabalho tudo bem. –respondeu voltando a olhar pra TV.
Eu ainda me sentia muito cansada, não sabia bem ao certo o seu motivo, pensava que depois de um banho e uma boa noite de sono passaria.
5º dia.
Já estava acordada por volta das 8:20hs da manha,parecia que o cansaço havia sumido, é ele havia sumido, mais em compensação aparecera uma mancha em meu braço e ao tomar banho percebi que havia também uma em minha perna, ao certo não liguei, pois era um pouco desastrada na época e sempre aparecia manchas em meu corpo, mais não me lembrava de ter batido ou esbarrado em alguma coisa. Eu queria me encontrar com minha Irma antes que ela saísse, ainda queria fazer as perguntas na qual tinha duvidas. Ao descer as escadas me encontro com ela.
- bom dia. -Respondeu ela a me ver.
-oi, queria falar com você antes que saísse, eu gostaria de saber se qualquer pessoa pode doar pra que façam um transplante de medula óssea numa pessoa com leucemia?
- claro, contanto que o doador esteja bem de saúde sim ele pode doar, mais porque a pergunta? –interrogou ela.
-só por curiosidade. – a assegurei.
À tarde se aproximam meus amigos logo chegaria.
-oi. -respondemos todos juntos caindo na risada.
Não sabia o que dizer, meus amigos estavam ali eu estava feliz. Eles entraram conversamos um pouco e começamos a fazer o projeto, de primeira não sabíamos o que fazer mais de uma coisa estávamos consciente deveríamos fazer um ambiente, não importava qual fosse nossa opção só deveríamos fazer, foi quando combinamos de cada um fazer uma casa, não uma casa qualquer, mais uma na qual um dia iríamos morar e dizer esse é o meu lar. A tarde seguia estávamos nos divertindo, a Ana com sua casa rosa, a marcela com a sua verde lodo com verde limão, o Matheus com a sua laranja com preto, o Carlos com a sua azul e eu com a minha paixão de vinho com branco. Só um dia não seria suficiente para acabar o projeto mais estava muito boa a presença deles. Eles teriam de ir pra não ficar tarde e levariam seus projetos consigo para terminar em suas casas, não que eles não queriam terminar em minha casa, mais eles não sabiam quando voltaria. Acompanhei-os ate uma estação próxima a minha casa, nos despedimos e eles seguiram. No caminho de volta pra casa me encontro com Willian.
-olá, passeando?- perguntou ele.
-é dando uma volta pra espairecer, e você o que esta fazendo ai nessa escada?
- digamos que trabalhando, sei que ninguém trabalha sentado em uma escada mais, estou tomando conta daquela loja. – respondeu ele.
- hum... Posso me juntar a você? –perguntei
- claro.
Willian passou a me contar um pouco sobre sua vida, quando resolveu fechar a loja naquele pequeno tempo que passamos conversando, não apareceu ninguém para comprar em sua loja, não sabia ao certo o que ele vendia mais era bom escutar o que ele tinha pra falar. Ao fechar a loja ele me acompanhou ate em casa.
-obrigada. – respondi entrando em casa.

6º dia.
TOC TOC TOC!
-Bom dia!- desejava minha irmã enquanto entrava em meu quarto e sentava na cama. – vim te ajudar a escolher a roupa de hoje à tarde.
Quando ela me “disse roupa de hoje à tarde”, confesso que não fazia ideia do que ela estava falando.
-não vou sair hoje. –respondi
-há vai, ele não veio ate aqui passar pelo que passou, pra você dizer que não vai sair com ele. – respondeu ela num tom de ordem.
-como assim ele? De quem você esta falando? – perguntei assustada.
-Thiago.
Thiago suspirei. Ela disse que ele veio aqui em casa hoje pela manha, pedir pra nossa mãe me deixar sair com ele à tarde, e a mamãe deixou.
14:00hs
Confesso que estava com medo, não sabia o que dizer quando ele chegasse, nem a hora que ele viria, mas ele chegou as 14:10 hs. Minha Irma atendeu a porta novamente e o convidou a entrar e sentar-se no sofá enquanto me avisava.
-ele já chegou. – disse-me ela entrando em meu quarto
- já vou descer. – respondi quase sussurrando
Não seja covarde pensei enquanto me olhava no espelho e desci em direção à sala onde ele estava.
-oi!
-oi, você esta linda. –respondeu ele
-obrigada.
Suspiro
Para minha surpresa ele estava de carro, não sabia onde ele pretendia me levar, mas estava curiosa e ate certo ponto nervosa.                                  
Parque sussurrou ele.
-Este não é um parque qualquer...
-eu gosto de parque, só estou um pouco surpresa. – a forma na qual o respondi foi tão rápida que não sei como gaguejei.
-Esse é um dos lugares que mais frequento queria apresenta-lo a você, o que achou? – perguntou enquanto parava o carro.
A única reação que tive foi de sair do carro.
Emily... Emily... Esta tudo bem? – perguntou ele assustado com minha reação.
Por um momento parei e a única coisa que consegui responder foi que “sim esta tudo bem”. Aquele lugar era lindo e enquanto eu respondia uma lagrima descia sobre meu rosto, não sabia o que estava acontecendo mais estar naquele lugar me fazia bem, eu não estava chorando por estar triste, mais por estar bastante feliz de Thiago me levar ali, parecia que já tinha estado ali e não só com ele mais com Myllena também, e lembrar-se dela, da luta que ela esta passando pra sobreviver me fez chorar e pensar que “nos não comandamos a vida, ela é que nos comanda, e temos que valorizar cada dia que vivemos, pois não sabemos o que nos acontecera amanha, depois ou daqui 1 hora talvez, devemos amar cada momento no qual vivemos, seja ele como for...”
- você esta chorando? Aconteceu alguma coisa quer que te leve de volta pra casa?
-Não esta tudo bem, é que estar com você aqui esta sendo muito bom... Desculpa. –Sussurrei.- Obrigada por me trazer aqui. – abraçou
Caminhamos-nos mais um pouco pelo parque, deixei de chorar com as palhaçadas que Thiago fazia pra me fazer sorrir.
-vamos. –disse ele enquanto me puxava pra outro lugar, dessa vez um restaurante.
O dia já havia se tornado noite nos íamos jantar.
Ao jantarmos ele resolveu me levar pra casa, dizendo que não queria se aproveitar da boa vontade de minha mãe.                                                  
Ele parou o carro em frente a minha casa.
-Entregue.
-obrigada pelo passeio e desculpa... Interrompida
-esta se desculpando por ter chorado, só você mesmo, não se preocupe. – respondeu ele me beijando na bochecha. – tchau.
-tchau sussurrei ao sair do carro.

7º dia
Hoje resolvi ir ao hospital, não só para visitar Myllena, mas para doar pra que ela pudesse receber o transplante de medula óssea. Ontem quando Thiago me levou ao parque, me fez perder todo o medo que sentia para fazer uma doação, e hoje resolvi doar.
-Oi! – cumprimentou a enfermeira Talyta.
-Oi! Hoje eu vim doar. – respondi suspirando.
-Não vai ser possível. Respondeu ela.
Quando ela me disse que não era possível, muitas coisas vieram em minha cabeça e entre elas, Myllena não havia resistido.eu cai de joelhos chorando, eu não sabia o que iria acontecer comigo depois daquele dia, se houvesse depois.
- Calma Emily, calma... Por favor, peguem água pra ela... Toma beba com calma. Myllena esta bem, eu estava dizendo que não vamos mais precisar de doação de transplantes, por que recebemos ontem vários doadores e Myllena foi compatível com um e já esta em cirurgia recebendo o transplante, esta tudo bem com ela. – falava a enfermeira tentando me acalmar
Eu a abracei...
-a cirurgia dela acabara em 2 hora e você poderá vê-la, mais ela vai se acordar ao poucos por causa da anestesia.
-tudo bem. – respondi.

Ficar ao lado dela naquele momento pra mim era uma das melhores riquezas na qual ninguém poderia pagar...
Fiquei o dia inteiro no hospital ao lado dela e quando ela acordou me deu o sorriso mais lindo e o meu preferido.
-oi meu amor. – respondi beijando sua cabeça. Aquilo parecia um sonho, mais era melhor, era real. Eu brinquei com ela, conversei e cantei... E ela voltou a dormir.
-você tem que ir. – disse a enfermeira na porta.
-obrigada por me deixar ficar com ela.
-eu não posso separar vocês...
Abraços
Pra eu passar o dia com Myllena não era perca de tempo mais sim um presente de DEUS em minha vida, por tê-la conhecido.
8º dia
- Já esta acordada? -Risos- parece feliz, onde ele te levou nestes dois dias? –perguntou minha irmã.
-ontem não sai com ele, mais ele me levou a um parque e depois a um restaurante. –respondi olhando para baixo, nos dois dias que sai cruzei com minha Irma mais não tivemos tempo de conversarmos e a noite quando chegava ela já estava dormindo.
-e pra onde você foi ontem?
- a um hospital de câncer, não é de agora que vou já faz um tempo, conheci uma criança muito especial... – eu estava tão feliz que não ligaria se as pessoas não me entendessem, Myllena estava bem e não havia nada que tirasse essa felicidade de mim.
-Você me apresenta ela?
Aquela pergunta soou em um alivio.
- claro! Suspirei

-mais antes de você me apresentar ela, quero te ajudar a terminar seu projeto, esta lindo e você ainda não terminou.
Enquanto passávamos a tarde terminando meu projeto, contava mais sobre Myllena a Fernanda e sobre o passeio que dei com Thiago, as horas passavam e em silencio terminávamos o projeto, ate que uma gota de sangue caiu sobre o tapete, era meu nariz.
9º dia
-oi como se sente? –perguntou minha irmã ao entra em meu quarto pela manha.
-Acho que estou com um pouco de febre.
 Fernanda pós a Mao em minha cabeça. – esta mesmo, vou leva-la a um hospital.
-não precisa vou ficar bem, só preciso descansar, acho que é só uma gripe. – sussurrei
Passei a manha e a tarde toda sem sair do quarto, só deitada, eu queria visitar Myllena mais não podia ir doente, e então mais um dia se passou...
10º dia
Acordei-me com a claridade sobre meu rosto, mais tinha certeza de ter colocado as cortinas em minha janela antes de dormir, foi quando puxaram meu lençol.
-O que esta acontecendo? – perguntei enquanto me sentava.
- bom dia! – respondeu Fernanda. – acho bom se arrumar e descer, estarei esperando você lá em baixo.
De fato não sabia o que minha irmãzinha querida estava querendo, mais digamos que a obedeci, a febre tinha passado e o cansaço nem sinal, então me arrumei e desci.
- bom dia! – desejei enquanto entrava na cozinha
- se sente melhor? – perguntou a mamãe.
-sim.                                                                                                            
-que bom, - respondeu Fernanda. – vamos sair hoje só eu e você.
- e aonde vamos? – perguntei enquanto pegava uma maça verde
- o lugar aonde vou te levar é surpresa, mais quero que me leve pra conhecer Myllena. – disse ela enquanto tomava minha maça
- Myllena. Suspirei
O silencio tomava conta da cozinha enquanto elas tomavam o café.
-vamos! –disse ela enquanto saia da cozinha
Não consegui responder apenas acenei com a cabeça.
O caminho que seguíamos era o que ela pegava para o hospital em que trabalhava, mais seguíamos em silencio.
-o que viemos fazer no hospital?- perguntei enquanto ela entrava na portaria e tentava estacionar o carro, mais ela não respondeu, estacionou o carro e enquanto nos dirigíamos à portaria ela começou a falar.
- te trouxe aqui, porque gostaria que você fizesse um hemograma... – interrompida
-mais pra que eu preciso fazer um hemograma se me sinto bem e já estou sem febre, - perguntei desesperada.
-desconfio que ainda esteja doente. Sussurrou ela
- qual a doença que você desconfia que eu tenha?
-não quero colocar coisa em sua cabeça.
Ela parecia assustada e o pior estava passando pra mim.
Dr. Nelson, falou ela enquanto se dirigia a um homem alto, ele aparentava ter uns 49 anos, minha irmã sempre falava de um hematologista, mais será que era ele, eu fiquei um pouco distante enquanto eles conversavam, mais estava curiosa e então resolvi me aproximar, ao seguir  na direção deles lentamente, percebi um olhar assustado vindo deles em minha direção, minha irmã se afastou dele e veio em minha direção enquanto ele aguardava.

-ele é hematologista, você vai fazer o exame com ele. – afirmou ela enquanto nos aproximava dele.
- doutor esta é minha irmã Emily.
-prazer, - respondeu ele. – sua irmã falou muito bem de você, então vamos ate minha sala e conversaremos um pouco.
-claro. Respondi
Enquanto nos o acompanhavam percebi que minha irmã ainda estava nervosa.
- então, Fernanda me falou que teve uma hemorragia nasal e teve febre, isso já aconteceu outras vezes? Perguntou ele enquanto entravamos em sua sala. - sente-se na cama, por favor.
-não essa foi à primeira vez. – respondi sentando-me na cama
- por acaso se sentiu cansada durante a semana?
-sim, mais não acho que foi por doença, eu sai muito esses dias.
-pode ser e pode não ser. – disse-me ele.
Confesso que já estava ficando com medo daquela sala, mais sentia mais medo do resultado do exame que estava prestes a fazer, todas aquelas perguntas que ele me fazia eu sabia que ligaria a alguma coisa na qual eles não queriam me dizer.
O exame seguiu normalmente mais eles continuava com aquele olhar estranho.
- Emily posso conversar com sua irmã um pouco a sós?
-claro, vou tomar um pouco de água e ar. – foi à desculpa que arrumei pra sair da sala sem me pedirem.
Eu esperava minha Irma no corredor do hospital que ligava a sala enquanto ela conversava com o doutor, estava inquieta, eu queria ir embora dali ver Myllena.
-então vamos? – perguntou ela enquanto saia da sala. – vamos ver Myllena.

Não conseguia responder só a segui enquanto nos dirigíamos ao estacionamento.
-cansada? – perguntou ela enquanto dirigia ao HC.
- um pouco. Sussurrei
- chegamos.
Enquanto seguíamos a portaria me dirigi à recepção.
-oi como vai? – perguntei a recepcionista, eu visitava tanto Myllena que conhecia varias pessoas naquele hospital. – eu gostaria de saber se a enfermeira Talyta esta aqui hoje?
- sim vou avisa-la que você esta aqui.
-obrigada
Aguardávamos sentada na recepção enquanto Talyta vinha.
-Emily. – disse ela enquanto vinha me abraçar
-oi, esta é minha irmã Fernanda, a medica de quem falava, eu queria apresentar ela a Myllena.
- desculpa não vai ser possível, a tia dela a levou ontem à tarde, ela teve alta.
Aquilo acabou comigo, o carinho que sentia por Myllena era muito grande e não sabia mais se a veria novamente, ela tinha uma família na qual não conhecia.
-vamos esta tudo bem. -falou minha irmã.
- tchau. Desculpa. – dizia Talyta.
Eu a abracei...
O caminho de volta pra casa foi longo mais silencioso, eu não sabia o que dizer, quando cheguei em casa ainda não tinha falado uma palavra, dirigi-me ao meu quarto e me tranquei, as vezes minha irmã vinha e perguntava se queria alguma coisa e as vezes minha mãe vinha e perguntava se eu queria conversar, eu não respondia, só queria ficar só.                             
Apenas ficar só, no meu quarto...
11º dia
Não queria dizer adeus, mais tinha que seguir em frente...
Marcela havia ligado para mim, mais eu estava tão pensativa que não ligava pra nada, eu precisava sair, mais não sabia pra onde e no estado que estava não iriam me deixar sair sozinha. Ela havia me mandado uma mensagem dizendo que queria se encontrar comigo na praia, resolvi ir, embora não tivesse tão animada. Arrumei-me e fui à cozinha comer alguma coisa, ao entrar na cozinha me encontro com a mamãe.
-oi, vai sair? Perguntou ela preocupada.
-sim, Marcela me convidou pra acompanhar ela na praia, vai ser bom preciso me distrair um pouco. Onde esta a Fernanda?
-ela foi ao hospital, ligaram pra ela, parece que ela pegou outro plantão.
 -bom vou indo. –disse enquanto saia da cozinha.
Chegando à praia me encontro com ela e outros amigos, não pretendia entrar na água, apesar de se estar quente naquele dia, conversamos um pouco Marcela falou o que queria falar comigo e todos resolveram tomar banho, ate que Thiago se aproxima de mim.
-oi, posso me sentar ao seu lado?
- claro.
Passamos a conversar, ele me fazia rir com suas palhaçadas, era bom estar ao lado dele, ouvir sua voz, ele sempre com um boné branco no qual sempre queria tê-lo e às vezes brincando com ele, eu o tirava de sua cabeça e dizia que ele pertenceria a mim, mais sempre o devolvia.
Meus amigos voltavam da água, parecia tudo calmo, ate que Thiago perguntou:
-então num vai cair na água?
-não hoje só vim pra admirar.
-segura minhas coisas então?                                                                     
- claro.
Apesar de tudo que tinha passado no dia anterior, estar na praia com aquelas companhias tava me aliviando da dor.
-Bom vamos indo, diziam meus amigos.
-fica mais um pouco, vai te fazer bem. – sugeria Ana.
Eu não sabia o que dizer apenas sorri Thiago já vinha de seu banho, eu me levantei, como se fosse me despedir, apesar de que iria me despedir.
-seus amigos já foram?
-foi estavam meio apresados, mais eu também tenho que ir.
- Vamos. Eu te levo.
Seguimos pra casa num silencio, embora quisesse conversar com ele, não sabia o que falar, nem por onde começar. Cheguei em casa por volta das 12:45hs ainda não tinha almoçado e por mais que não estivesse com fome teria de comer, fui ate a cozinha  a mamãe estava almoçando, resolvi fazer companhia a ela por mais que ficássemos em silencio.
- como foi à praia?-perguntou ela
-foi legal.
-que tal se assistirmos um filme agora a tarde, o que acha? – perguntava ela tentando me animar
- pode ser.
Eu sentia falta da mamãe, tanto por fazer faculdade e por que ela trabalhava, e isso estava nos afastando, não tínhamos muitos assuntos pra conversar, então a maior parte do tempo que estávamos juntas ficávamos paradas e caladas ou fazendo alguma coisa.
Dirigimos-nos a sala, ela pós o filme e nos sentamos no sofá, quando ela sentou-se no sofá, eu me deitei em seu colo como fazia quando era criança, ela sempre mexia em meus cabelos e acabava dormindo, aquilo era bom, por mais que não tivéssemos assunto eu ainda sentia seu carinho por mim.
-tenho medo de te perder. –sussurrou ela                                                 
-não vai me perder. – disse tentando acalma-la
-não sei, às vezes parecemos tão distante uma da outra, que tenho medo que algo lhe aconteça e não possa estar lá para te ajudar.
As palavras saiam de sua boca num tom de desespero, como se algo estivesse prestes a acontecer e eu não sabia.
12º dia
Os dias se passavam cada vez mais rápidos e mais cedo ou mais tarde teria de voltar à faculdade, pelo menos iria me distrair um pouco.
Não era como se fosse o primeiro dia de aula, pois todos conversavam na cantina como se não houvesse férias, se é o que podemos chamar.
Eu não tinha cabeça pra nada, mais teria de estudar se eu quisesse terminar a faculdade no período que eu queria. Enquanto seguia pra sala de aula, recebi uma mensagem no meu celular era Fernanda, ela queria falar comigo sobre o tal exame que fiz e que o resultado acabara de chegar.
-ótimo. – sussurrei enquanto me sentava no fundo da sala
Meus amigos ainda não haviam chegado e se tivesse chegado à sala era o lugar que eles não estariam. Passar um tempo a sós era bom contanto que ninguém perguntasse ‘ o por que  de tanto silencio?’
Eu precisava de um tempo só pra mim no qual colocasse todas as coisas que aconteceu em ordem.
As aulas seguiam normalmente e pra minha alegria meus amigos não vieram, já se passava das 13:30hs teria de voltar pra casa, ao sair em direção a portaria vejo minha irmã com seu carro, pelo que parecia ela veio me buscar.
- precisamos conversar, é sobre seu exame. –disse ela
Eu não disse nenhuma palavra, o que estivesse pra acontecer acho que não seria pior do que a tristeza que eu estava.
Ao entrar no carro, ela sussurrou.
-temos uma suspeita de que você tenha leucemia.                                      
É aquilo era pior. – pensei comigo mesma
13º dia
Pelo que sabia aquele não era o caminho de volta pra casa e sim para o trabalho de Fernanda.
- o Dr. Nelson prefere falar com você. – dissera ela enquanto saia do carro já estacionado.
Eu não sabia de nada nem o que fazer só a seguia, não sabia quais perguntas fazer embora tivesse bastante. Ia em direção à sala do Dr. Nelson, pelo menos eu me lembrava do caminho.
Ele já nos esperava em sua sala, ao entrar ele nos cumprimentou.
- boa tarde! Desculpe importuna-la novamente, mais precisamos conversar sobre o resultado do seu exame. Bom no seu hemograma mostrou que você tem anemia e um número abaixo de plaquetas, fazendo com que a contagem de leucócitos seja baixa.
- isso quer dizer que tenho leucemia. – interrompi
- vamos fazer um novo exame em você, mas esse vai ser uma aspiração da medula óssea, para ver se nossas suspeitas são verdadeiras e se existem células de leucemia.
Fui levada para outra sala onde foram medidas a preção arterial, a frequência cardíaca e a minha temperatura, depois aplicaram uma anestesia local em mim e me colocaram de lado.
Não me lembrava de ter dormido, mais quando acordei senti uma sensação desconfortável de pressão, mas me disseram que era normal, tive que ficar de repouso por conta do desconforto que senti, eles disseram que eu devia manter o curativo durante 48horas. Não sabia do que se tratava eu parecia ainda estar inconsciente. Eu não estava mais no hospital onde Fernanda trabalha, eu estava no hospital de câncer, o que eu temia estava acontecendo, iria ficar internada por causa do grau que se encontrava a minha leucemia.

- você vai ter que ficar internada, pois sua leucemia esta muito avançada e precisa começar o tratamento o mais rápido possível. Não se preocupe vou conversar com a mamãe, ela vai entender. - Dizia Fernanda acariciando minha cabeça.
As palavras dela soaram como se nossa mãe já soubesse que aquilo estava prestes a acontecer e pensando nos dia que se passaram, ela queria me dizer isso, só não sabia como me dizer nem como me ajudar, pois se eu precisasse de um transplante de medula óssea ela não poderia doar.
14º dia
Inicio do tratamento
Precisei fazer quimioterapia com citorabina um comprimido no qual passei a tomar durante uma semana e daunorubicina que durou três dias. Depois passei a usar altas doses de ara-c. No qual produziram efeitos tóxicos, como a mielosupressão e um incremento do risco de infecção, essa primeira fase da quimioterapia chamada de indução, fez com que eu ficasse durante um mês hospitalizada contando do dia em que iniciei o tratamento até minha recuperação.
Mas o objetivo da indução era alcançar uma remição completa, e por mais que me sentisse bem não significava que eu estava curada, mas sim que os métodos disponíveis não eram capazes de detectar indícios de leucemia.
Depois disso precisei fazer outros exames um de sangue e da medula óssea (remissão morfológica) e o exame físico (remissão clinica) onde não demonstram mais anormalidades.
Devido ter tomado altas doses de ara-c, eu precisava ficar internada sem receber visitas pra não correr o risco de pegar nenhuma infecção e piorar, mas já sentia falta dos meus amigos, da faculdade, da minha vida e de Thiago, mas eu sabia que todos foram avisados do meu caso, pois receberá algumas mensagens em meu celular, umas de força outras de carinho, apenas isso eu podia ter. Eu sentia falta do vento, de sentir as gotas da chuva sobre meu corpo, enquanto a olhava sobre o vidro da sala onde eu já chamava de quarto. Enquanto estava só, eu pensava muito, embora não fosse necessário, eu queria sair dali, deixar de olhar através do vidro e passar a sentir tudo o que eu sentia antes de descobrir com o que estava, mas devido meu estado, não iria fazer isso um longo tempo.                  
Eu me encontrava deitada na enorme maca, na qual a chamavam de cama, foi quando Laura entrou.
-oi, como se sente hoje? –perguntara ela ao sentar na cama.
Enquanto me sentava, eu a respondi apenas com um suspiro, ela não veio a meu quarto só me perguntar como eu estava, ela veio pra conversar. Ela virara minha amiga desde a primeira consulta de psicologia e me contara sobre o que acontecerá no tratamento, me ajudava a ser forte.
- quando vou poder ir pra casa? – perguntei angustiada.
- eu não sei te responder, mais você poderá receber visitas. Dissera ela, pra me animar.
 Enquanto passara as mãos em meus cabelos negros, percebi que ele começara a cair, confesso que tive medo, mas ela estava ali pra isso, pra me ajudar a vencer.
- o que acha de cortar, vai ser melhor assim você não sofrerá.
Laura se levanta vai em direção a um armário e pega uma tesoura.
-só se você se sentir bem.
Acenei com a cabeça que sim. Peguei um cordão, fiz um rabo de cavalo e peguei a tesoura, eu precisava fazer aquilo. Enquanto cortava o rabo de cavalo a lagrima descia sobre minha face, não acreditava que cortara meu cabelo, pedi que Laura guardasse embora não fosse precisar. Entreguei a tesoura a ela para terminar de cortar.
-você poderá escolher uma peruca, depois trago umas pra você dar uma olhada. Falou ela enquanto limpava minhas costas.
-obrigada mais não quero usar peruca.

15º dia
O que Laura havia falado era verdade eu iria receber visitas... E a primeira foi dos meus amigos da faculdade.
Foi bom rever eles, mais quando eles me viram foi como um olhar de pena por meu cabelo estar bem curto, mais eles estavam ali e prometeu sempre me visitar, que foi o cumpriram. Todos aqueles que conheço foram me visitar mais ainda sentia falta de Thiago, ele ainda não aparecera e meu pai que estenderá a viajem e não sabia mais quando voltaria, se é que ele voltaria.
- bom dia dona Victoria, Emily. Como se sente hoje? –perguntara o Dr. Nicolas.
- Pra todos os efeitos bem. –responderá.
O Dr. Nicolas Sempre me visitava pelas manhas pra me perguntar como me sentia e pra conversar sobre o tratamento, mas naquele dia ele veio com uma ótima noticia, devido ao tratamento usado se eu continuasse bem eu poderia ir pra casa mais depois teria de voltar, só com aquela noticia já me animei agradecendo varias vezes a ponto de ser engraçado.
Eu queria sair dali, mas também queria sair curada e isso só com tempo.
Dias se passavam, era um dia ensolarado eu estava deitada enquanto minha mãe e minha irmã conversavam, foi quando pedi pra que elas fossem embora trabalhar, devido ao tratamento eu estava ficando com um pouco de raiva por demorar tanto pra ir pra casa. E elas tinham coisas a fazer, trabalhos a prestar conta, não é por que eu estava com leucemia que elas deixariam de viver por minha causa eu queria que elas vivessem como se eu estivesse na faculdade por mais que não fosse verdade.
O dia se passava eu sentia falta do meu cabelo, eu já o tinha perdido por completo já estava careca, mas o bom de estar no hospital é que você não precisa se preocupar com nada, mas ficar sem fazer nada deitada em uma cama fazia com que eu pensasse na vida, que pensasse nele, em Thiago. Eu tinha varias perguntas como por que ele não veio? Será que o avisaram? Mais não sabia a quem perguntar e acho que se perguntassem eles não saberiam responder.

-Tenho ótimas noticias você vai poder ir pra casa. – respondia o doutor ao entra no quarto onde me encontrava deitada na cama de costas pra porta. – mais não significa que você esta bem, você vai precisar voltar ainda, falta digamos que alguns tratamentos.
- certo. – respondia me virando na cama.
 Resolvi então arrumar umas coisas, que precisaria levar pra casa ate que Laura e Talyta entram no quarto.
- me disseram que você esta de alta, que bom. - respondiam elas
- É, ate que fim vou dar uma saidinha. -risos
-bom temos que ir, mas tem uma visita pra você. – disse Laura enquanto puxava Talyta pra sair do quarto.
Enquanto elas saiam, não fazia ideia de quem veio me visitar.
- oi, eu fiquei sabendo, desculpa por não ter vindo antes, trouxe um presente pra você. – dizia uma voz.
Quando me viro era Thiago com um pacote vermelho.
Ao abrir o pacote que ele me entregou percebi que era dois bonés, o boné branco que sempre brincava com ele dizendo que um dia ele seria meu e outro na mesma cor no qual parecia ser novo.
- seu boné. – sussurrei. - obrigada, mas ele fica melhor em você. – disse enquanto colocava em sua cabeça. – obrigada pelo presente e por vim, mas tive alta.
- estou de carro quer que eu te leve.
Eu havia topado, mas no caminho pra casa não sabia o que falar, fiquei tanto tempo no hospital que não sabia como estava a vida no lado de fora, mais estar ao lado dele parecia que tudo estava bem.
- chegamos, eu... – pausa- Sei que você acabou de sair do hospital, mais quer sair comigo hoje ou amanha a noite? – perguntou ele
- claro, amanha a noite. – sussurrei

Eu não queria incomodar nem minha mãe nem minha irmã e a visita de Thiago, fez com que fizesse uma surpresa a elas.
Quando cheguei em casa, só queria tomar um banho e me deitar um pouco ainda me sentia cansada,quando entrei escrevi em um papel “estou no quarto”, e o coloque no centro na sala, enquanto subia as escadas em direção ao meu quarto. Eu só precisava descansar pensar que tudo estava bem enquanto não era verdade, imaginar que não tinha leucemia enquanto me aproveitava dos dias que ficaria em casa.
16º dia
Enquanto me deitava na cama, ainda não acreditava que estava ali, no meu quarto.
Eu me sentirá tão cansada que adormeci, chegando a ser acordada no dia seguinte, minha mãe e minha irmã disse que eu tava tão linda dormindo que não quiseram me acordar.
Dia seguinte ao me acordar fui recepcionada com um bolo que não comi por se sentir enjoada devido a tantos medicamentos, mais era normal. Elas convidaram Thiago que por sua vez pediu permissão pra me levar à praia a noite.
A noite se aproximava e logo mais Thiago viria me buscar pra irmos à praia, a lua estava linda, eu a olha da varanda do meu quarto. Foi quando Fernanda entrou, dizendo que ele chegou e me esperava.
Ele foi o caminho inteiro me fazendo rir, eu gostava de sua companhia e pelo visto ele também gostava da minha. Quando chegamos à praia, parecia que nunca estive em uma, a alegria era tanta chegando a contagiar quem estivesse por perto. Ele ainda continuará me animando, brincamos feito crianças, corremos, nos molhamos, riamos muito com tudo que acontecia que chegava a parecer um sonho estar ali naquela hora da noite, ate que eu tive um enjoou e precisei parar e descansar, ele foi muito atencioso me oferecendo seu casaco, sentando ao meu lado e me abraçando.
-eu tenho que te pedir desculpas, por não ter ido lhe visitar mais cedo. – dissera ele quase sussurrando. - tenho medo de te perder, você é especial pra mim, você esta me ouvindo? – perguntará
- sim, gosto de ouvir sua voz.                                                                      
Por um lado ouvir aquilo era bom, mais ainda sentia medo de dizer que o amava e ao voltar ao hospital não resistir aos tratamentos.
Ficamos mais um pouco ali e ele resolveu me levar pra casa. Parando em o carro em frente.
-tenho uma coisa pra te falar... –pausa- EU TE AMO – disse ele vindo em direção ao meu encontro pra beijar-me.
Mais eu virei o rosto o fazendo beijar minha bochecha. Embora o amasse não queria vê-lo sofrer por minha causa.
- Thiago... Eu também te amo, mais não podemos ficar juntos.
-por quê? Se sentimos a mesma coisa um pelo outro.
- não quero que sofra por minha causa. – Ao disser isso abri a porta de seu carro e sai correndo pra casa, eu sofria por dizer aquilo, ao entrar em casa minha mãe pergunta o que aconteceu não a respondi só segui pro meu refugio, meu quarto. Ao chorar bastante pelo que disse, recebi uma mensagem no qual havia escrito “NÃO VOU DESISTIR DE VOCÊ! EU TE AMO...”, eu não tinha o telefone dele, mas tinha total certeza de que foi ele quem me enviará.
17º dia
Eu tinha permissão para ir à faculdade, mas tinha medo de ser rejeitada pelo meu estado, embora sentisse bastante falta. Eu estava sentada na cama quando minha mãe entrou.
- você esta bem? – perguntará ela devido o estado que cheguei ontem à noite.
-sim. Respondi
- você quer ir à faculdade?
-não sei tenho medo de me rejeitarem. – respondi tirando a vista dos seus olhos.
- se eles te rejeitarem é uma prova de que eles não te merecem, vai você tem que tentar, lembra ‘senão perguntar nunca saberá a resposta’.

Minha mãe se aproximara de mim ela queria me proteger, me ver bem como se nada estivesse acontecido, ela insistiu tanto pra eu ir a faculdade que acabei indo, minha irmã me levou junto com a mamãe até a faculdade, fui com a roupa que mais gostava uma calça preta, uma blusa com um colete desenhado e meu novo cabelo, que era o boné que Thiago me dera, elas me acompanharam ate a sala, queria que me sentisse bem ali, mas o medo ainda não passará. Marcela veio me cumprimentar e seguiu comigo ate a sala, ela e Ana eram as que eu poderia contar sempre na faculdade. Ao chegar à porta da sala minha mãe perguntou.
-você quer ficar?
Respondi que sim o encontro que tive com Marcela me fez querer ficar e ter forças pra encarar, pois se tivesse vergonha, estaria tendo de mim mesma. Minha mãe e minha irmã foram embora, eu entrei na sala e fiquei conversando com Marcela, logo depois chegou Carlos, Ana e Matheus, a novidade era que Ana e Matheus agora namoravam, nos ficamos conversávamos e aponto de que os outros alunos quando me viam, vinha me cumprimentar e o medo que eu sentia passou pois fui bem recebida por todos, as aulas passavam e logo iríamos largar, marcela me ofereceu carona no qual aceitei.
Chegando em casa ficaria só pois todos trabalhavam, passei a sentir enjoou, mas teria de comer senão eu poderia piorar, ao almoçar fui me deitar um pouco pra descansar, acordando as 17:35hs da tarde, fui pra sala assistir  TV enquanto minha mãe e irmã chegava, a casa por incrível que pareça estava arrumada, então o que eu fazia era só repousar e pensar em Thiago, ele não aparecerá mais desde a ultima noite que ele me levara a praia. Mais sentia sua falta, embora quisesse ele sempre por perto não queria o fazer sofrer, embora ele estivesse sofrendo por não estar ao meu lado nos dias que se passava.

18º dia
Os dias passavam-se rapidamente, eu minha mãe e Fernanda resolveu sair todas juntas, fomos ao shopping, embora estivesse doente ter elas do meu lado por um momento sem lembrar era bom. Mas nem tudo é como agente queria que fosse tive um enjoo ao entrar no shopping por ser muito frio e eu estar num lugar quente há bastante tempo, foi como um choque. Não disse nada a elas pra não se preocuparem, estávamos indo muito bem e um enjoo não iria estragar nosso passeio familiar. Acho que foi esse o meu erro. Seguimos passeando no shopping ate que não aguentei e pedi pra descansar um pouco pensando que o enjoo passaria, mas não passou, elas perguntaram se eu estava bem, respondi que sim, embora não quisesse já havia estragado, elas queria me levar de volta pra casa foi quando me levantei do banco onde me sentará  e não aguentei ficar em pé eu desmaiei.
Minha mãe disse que pessoas vieram ver o que havia acontecido, pois estava deitada sobre o chão, ela disse que Fernanda tentou me acordar mais não conseguiu, foi quando ligaram pro HC e eles vieram me buscar de ambulância.
Quando acordei não lembrava de nada do que havia acontecido comigo, eu só perguntará onde estava e como fui para ali. Foi quando vi minha mãe e minha irmã, ai elas me explicaram o que aconteceu.
Fui submetida a fazer uma radioterapia, um tratamento com radiações de alta energia, que tem o objetivo de matar as células malignas onde é localizada em determinada área do organismo pra prevenir que reapareça, mas eu não queria fazer aquilo, eu tentava resistir mais me sentia fraca, onde foi necessário me cedar, pra que ficasse imóvel, pra que fizesse o tratamento, não aguentava mais ficar ali, eu queria sair daquele lugar embora houvesse pessoas legais ali. Tive que conversar com a psicóloga onde ela me acalmou, Thiago aparecerá no dia seguinte, disse que nunca mais sairia do meu lado, foi quando o Dr. Apareceu com a noticia de ficaria internada, pois os tratamentos usados não fizeram efeito e eu iria recorrer a um transplante de medula óssea, que no meu caso nenhum dos meus familiares eram compatíveis comigo.

Dias passavam embora não quisesse que ninguém sofresse por minha causa, eu não conseguia dizer mais nada, eu tinha medo de morrer, de não resistir a cada dia que passava, Thiago não sairia do meu lado por um segundo, ele me amava como eu também o amava.
- você vai conseguir sair dessa, por que eu te amo e vamos ficar junto pelo resto de nossas vidas. – ele sussurrava a lágrima descendo sobre seu rosto.
- eu te amo. – sussurrei levantando uma de minhas mãos para enxugar suas lagrimas. Foi quando trocamos nosso primeiro beijo. – tenho que te dizer uma coisa... Sempre fui apaixonada por você, e pensar que talvez possa morrer, queria que soubesse que sempre te amei... Interrompida
- você não vai morrer. – disse-me enquanto me beijava novamente agora mais demorado do que a primeira vez.
Enquanto nos beijamos alguém entrou na sala, era Talyta.
-oh! Desculpa não queria interromper vocês. Disse ela
Rimos com o acontecido mais Thiago disse que tudo bem.
-Emily tem alguém que gostaria de ver você e acho que você vai gostar, só um minuto. – disse ela enquanto saia do quarto pra buscar a tal pessoa. –esta pronta? - perguntou ela a mim.
Thiago me ajudou a sentar na cama, foi quando respondi que sim.
Era Myllena ela veio me visitar, mas como ela sabia? Ela veio correndo ao meu encontro e me abraçou fortemente, aquele abraço que só ela sabia dar, um abraço no qual era tão gostoso que chegava a ser difícil de soltar.
- então você que é a Emily? –perguntava uma mulher próximo de Talyta.
-sim. Respondi


-bom, vou me apresentar, sou a tia de Myllena, queria muito conhecer você, pois ela não parava de falar bem de você e o quanto ela sentia sua falta, foi quando fiquei curiosa, pois ela não largava uma caixinha de musica e disse que foi você que deu a ela. Foi quando decidi ligar para cá e a recepção passou pra enfermeira Talyta que falou um pouco sobre você e disse que você estava passando quase pelo mesmo problema que ela passou, foi quando resolvi traze lá para que ela visse você e  eu ter a oportunidade de conhece você, me chamo Carmem.
- nossa só tenho a agradece lá por ter trazido ela aqui, digamos que nos temos uma forte ligação uma com a outra.
Eu não parava de abraçar ela, foi quando minha irmã e minha mãe chegaram. Fernanda vem ver é a Myllena.
- então você que é a pequena Myllena. Perguntava minha irmã indo cumprimenta lá.
- sim sou eu. Responderá ela.
Passamos um bom tempo todos juntos estávamos nos divertindo e a visita de Myllena me fez bem.
- Myllena temos que ir. – disse Carmem
-Você vai ficar bem? –perguntará Myllena me abraçando.
- vou sim, sua visita me fez muito bem. Disse após beijar sua cabeça.
Myllena foi falar com sua tia que conversava com minha mãe, ela cochichou no ouvido dela como se pedisse alguma coisa, era uma caixinha de musica no formato de um violino, o que eu dera a ela era no formato de um piano, ela veio em minha direção e me entregou dizendo:
Pra quando você sentir minha falta. Sussurrou ela.
- obrigada. –disse enquanto me despedia dela novamente dando outro abraço.
Ela me fazia bem como todos que estavam ali, todos no qual eu queria que conhece se Myllena, aquele dia parecia tão perfeito que imagina ser um sonho, mas não aquele era melhor por que era real.                           
Todos saiam da sala acompanhando Myllena e sua tia, Thiago ficara comigo no quarto conversando, rindo, me fazendo feliz.
-bom posso dizer que agora somos namorados? – perguntou ele
-namorados? –disse num tom sarcástico
- é namorados. – repetiu ele rindo do meu tom, vindo ao meu encontro me beijar.
-é pode, somos namorados... – eu olhava pra ele – eu esperei tanto por esse momento, imaginei onde e como seria e olha só como a vida faz.
Eu Te Amo. Sussurramos um para o outro, rindo bastante depois, foi quando minha irmã entrou.
- quer dizer que agora eu posso chamar Thiago de cunhado?-perguntava ela entrando no quarto com a mamãe rindo.
Eu olhei pra Thiago e respondemos juntos, - é acho que sim-. Thiago era filho único então não havia problema nisso.
-como você se sente hoje?- perguntava a mamãe acariciando minha cabeça
-muito, muito feliz. - respondi rindo.
19º dia
Os dias se passavam cada vez mais rápido Thiago fazia de tudo pra ficar do meu lado, mas via que ele estava cansado e precisava descansar às vezes ele deitava comigo na cama mais não era a mesma coisa.
-quero que faça uma coisa pra mim...
- o que você quiser. - dizia ele.
- quero que vá pra casa dormir... Interrompida
-não quero sair de perto de você.
-vou ficar bem e melhor se você for, precisa descansar, faz alguns dias que você não dorme, só tira sonecas e isso pode fazer você ficar doente.

Foi quando o Doutor entrou no quarto pra saber como estava e pedi ajuda pra que Thiago fosse pra casa dormir.
-é você precisa dormir, ela estará em boas mãos. – disse o Dr. Nicolas
-esta bem, eu vou mais volto pela manha. – disse ele vindo se despedir de mim.
-obrigada. – sussurrei.
O Doutor, fazia o de sempre me examinava, conversava e falava de como seria quando chegasse minha vez de fazer o transplante de medula, dizia que eu não devia ter medo e que seria rápido. A tarde seguia Talyta e Laura também vieram conversar e saber como eu estava. elas me animavam.
- sabemos que nossa paciente esta namorando? Dizia Laura
-começou no dia que Myllena veio. – completava Talyta. -Estamos felizes por você, queremos o seu bem e ajudar o Maximo pra que você se recupere.
- temos que dizer que você é a primeira paciente que nos emocionou bastante, somos gratas a você, você nos mudou, mudou nossa vida. Obrigada.
- eu que tenho que agradecer a vocês, vocês me ajudaram muito e querendo ou não tenho outra vida aqui neste hospital, obrigada por tudo. – disse enquanto abraçava as duas.

20º dia
- Bom dia, vamos acordar tenho outra surpresa pra você. – dizia Talyta ao me acordar. – você conseguiu, apareceu um doador voluntario do REDOME.
Fui levada pra fazer o transplante no qual duraria 2 horas. Thiago havia chegado ao hospital e quando chegou ao meu quarto, não me viu ficou assustado e passou a me procurar pelo hospital, foi quando encontrou Laura, ela o explicou que eu estava em transplante e sairia logo. Ele me esperava no quarto. Quando terminou o transplante eu ainda estava desacordada, mais Thiago passou a ficar comigo ate que eu acordasse no qual não demorou muito, pelo que via ele estava feliz por aquilo acontecer, mas embora já tivesse recebido o transplante, teria de ficar mais algumas semanas, pois fiquei mais exposta a episódios infecciosos e hemorragias. Por isso, fui mantida internada no hospital, em regime de isolamento. Cuidados com a dieta, limpezas e esforços físicos no qual foram necessários. Por um período de três semanas, precisei ser internada, pois apesar de todos os cuidados, apareceram algumas febres que eram comuns. Após a recuperação da medula ainda precisei continuar a receber o tratamento, que por sua vez passei a um regime ambulatorial.
Um mês se passou, eu iria voltar pra casa, meu cabelo já voltava a crescer. Enquanto me despedia de cada funcionário do hospital, eu passava a lembrar de tudo o que passou tudo o que sofri, e pensando por outro lado se não passasse por isso talvez ainda não estivesse com Thiago.
Um ano se passou eu me casei com Thiago e passamos a morar juntos. Eu terminava minha faculdade de arquitetura, tornara voluntaria de um hospital de câncer, visitava Myllena todas as terças e às vezes sua tia a deixava passar o fim de semana comigo. Thiago trabalhava em um escritório de administração e me dera um labrador no qual passou a se chamar Marley. Minha mãe descobriu que o papai tinha outra família em Chicago e pediu divorcio. Minha irmã passou a namorar com o Dr. Nicolas. Todos nos vivíamos felizes...

Foi quando numa noite qualquer, tive o sonho que mostrara toda a minha vida e acordando pela manha, comecei a escrever tudo o que me aconteceu colocando o nome dessa historia ou livro como preferirem LIFE, onde significa vida, vida na qual não comandamos mais somos comandados...
Emily.

Fim.

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